sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Só vai acontecer se você quiser (parte 1)




Em dezembro de 2012, foi em uma viagem pro Japão que iniciei a jornada mais longa da minha vida (e nem estou falando da distância à terra do Sol Nascente).

Ao entrar em um trem na estação de Shinjuku (jamais vou esquecer), uma das passageiras pegou seu celular, apontou pra mim, fez o foco e tirou uma fotografia, daquelas que você tira quando vê alguém famoso na rua, sabe?

Não, mas eu não era famoso, nem conhecido. Eu era ocidental e pesava... 150 Kg. Aquilo foi um sinal de alerta, um gatilho mesmo, para que eu começasse a rever e a repensar o meu estilo de vida, daquele momento.

Em geral quem é gordo (e não usarei “fofinho” nem “fortinho”, pois acho um desrespeito imenso) é meio bonachão, bem-humorado e risonho. Eu não era. Era mau humorado e chato, ácido na maioria das vezes, e tinha colocado a gordura como desculpa para muitas das coisas que eu não conseguia fazer.

Mesmo assim precisei de um segundo “disparador” para tomar a decisão de emagrecer. Meu personal trainer da época me disse, em fevereiro de 2013,  que não iria me dar mais aula, afinal eu só faltava e não queria nada com nada. Minha frase:

-       Ok, vamos emagrecer então!

E juro que não sei como o Chico (meu professor de ginástica até hoje) teve paciência. Ele me pediu pra escolher um esporte (eu escolhi a corrida, algo que mudou a minha vida), e que o processo não era linear e talvez fosse bem demorado e árido.

-       “Mas você precisa me colocar uma previsão semanal de quantos quilos perderemos!”. Eu,  como sempre, a ansiedade em pessoa.

Tenho que reconhecer que foi pela nossa amizade que ele me respondeu, porque qualquer outro teria me mandado à m... A meta seria 1 Kg por semana e uma meia maratona em janeiro de 2014. A cereja do bolo era que eu “nunca faria a São Silvestre com aquele monte de gente”. Decidimos pela meia maratona da Disney.

Além do Chico, preciso dividir esses créditos com a Gabriela, minha nutricionista. A pessoa que perguntou “o que eu comia antes de dormir” e a minha resposta foi “ah, um x-salada ou um misto quente”. E que ainda ouviu a clássica frase:

-       Não adianta você me dar uma dieta de 1000 calorias porque eu não vou fazer!

Também com a maior paciência do mundo, e com um lanche depois do jantar, Gabi me ajudou a começar a dieta semanal que mudava quinzenalmente. E assim foram-se 12 semanas, e 12 kg!

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