domingo, 31 de março de 2013

Recomeço





Como disse J. B. Yeats: “Os momentos bons passam, mas os ruins também”.

Felizmente meus momentos ruins ficaram pelo caminho, e a Páscoa nunca significou tanto um momento para recomeçar. Com a certeza de ter muita gente a meu lado, novos amigos, novos desafios e dessa vez com muito menos impedimentos.

Afinal, sempre estaremos prontos.

Boa Páscoa







sexta-feira, 29 de março de 2013

Esses são os dias da minha vida

                                                 Foto: Amanda Duarte


Quando somos crianças, temos os objetivos mais estranhos na vida: sermos bombeiros, super-heróis, astronautas ou pilotos de corrida. Com o passar dos anos, o início da adolescência vai mudando nossos rumos.

Por volta dos 12 anos, decidiremos ser médicos, se virmos um daqueles cirurgiões realizando uma super operação. Talvez um jornalista, logo na semana seguinte, caso apareça algum que dê aquela notícia emocionante na televisão; ou qualquer outra profissão que esteja em nossa cabeça naquele momento. Eu ouvi desde menino:

- Sabe que você leva jeito pra ser professor?

Essas palavras - que vieram pela primeira vez de minha professora do ginásio - talvez tenham trilhado o caminho da minha vida.

Logo que saí do ensino médio, arrumei como um passatempo - no próprio colégio em que eu estudava - algumas aulas de reforço, que acabaram virando um curso de revisão durante quase todo o ano seguinte.

Depois da frustração de não ingressar no curso de jornalismo, o tom do meu segundo ano de cursinho foi inteiramente de ajuda aos amigos que tinham dificuldades em exatas. Essas tardes, que foram mais de aprendizado do que de explicações, me levaram ao curso de engenharia química, naquele mesmo ano.

E talvez por mais um dos caprichos do acaso, tornei-me amigo de um rapaz que era plantonista do cursinho em que havíamos estudado:

- Você leva jeito para ser professor de cursinho. Vamos tentar?

Após a entrevista, descobri que só poderia ser contratado quando houvesse vagas, e talvez isso não acontecesse tão prontamente. Ao passar pela saída da sala dos professores, convencido de que talvez meu futuro não estivesse lá, encontrei meu ex- professor e supervisor da cadeira de matemática:

- Olá! Veio nos visitar?
- Vim tentar uma vaga no plantão de química, mas não há disponíveis.
- Você não quer trabalhar na matemática? Estamos precisando.

Ao resolver uma prova naquela mesma hora, e apresentar uma aula teste na semana seguinte, em 1998 deixei de ser o “Marquinhos”, conhecido pelos amigos da faculdade, e me tornei Prof. Vinicius.

E após alguns poucos anos de plantão de dúvidas, ouvi desse mesmo chefe que eu levava jeito para lecionar nas salas do curso, e que eu substituiria um professor que estava doente naquele semestre. Esse caminho me deixou por mais 10 anos como professor de lá.

Em 2005 minhas atenções e meu coração seriam divididos entre dois lugares. Meu novo emprego, em um colégio e cursinho com pouquíssimos alunos, totalmente acolhedores, me cativou definitivamente. E em 2008 fiz minha escolha. Uma das melhores da minha vida, felizmente.

Nove anos depois: novos rumos surgiram, mas meu coração fez com que fosse impossível deixar de fazer aquilo que amo. Agora em novos lugares, com muitos amigos e pessoas que sempre acreditaram, assim como eu, que colocamos nosso coração em cada frase ou equação escrita em uma lousa.

E assim deixei pra trás minha carreira (realizada ou não) de piloto de avião, jornalista, empresário e engenheiro químico. Porém, a cada sorriso de um estudante na sala de aula, ou mesmo um simples telefonema de um ex-aluno dizendo que foi aprovado para uma vaga numa empresa multinacional, e que se lembrou de várias coisas que eu dissera a ele, na entrevista, tenho certeza de que valeu a pena seguir.

Talvez eu até leve jeito...


quarta-feira, 27 de março de 2013

Segue o baile!

Caros amigos

Esses dias o blog deu uma parada, mas essa semana estaremos de volta depois de um período não muito true!

Afinal, The Show Must Go On...

Até breve


quinta-feira, 21 de março de 2013

A arte de fazer o bem



Já tentou hoje? Quantas vezes a gente se esquece, não é mesmo? Porém o contrário tem se tornado algo tão comum e exagerado. Poderia citar milhões de exemplos, mas hoje não.

Hoje a indiferença e o descaso que me bateram à porta logo cedo quase acabaram com o meu dia. Decidi retribuir tamanha falta de senso apenas com atos bons.

Começando no trânsito. Mesmo se alguém o fechou, ou ultrapassou pela contramão apenas pelo ato de incomodar, ainda vale a pena ser um pouco gentil. Maravilhosamente descobri que tem gente boa atrás de seus volantes, e não é minoria.

Sabia que temos vizinhos? O contato com as pessoas que moram ao nosso lado é, em alguns casos, tão impessoal que nem percebemos que elas estão lá. Na maioria das vezes isso acontece apenas porque nem você, nem ele, provavelmente nunca trocaram mais do que duas palavras. Às vezes apenas um sorriso resolve.

Porque não doar um de seus agasalhos velhos para quem está precisando? Incrível como nos apegamos a coisas que não têm nenhum valor. Conheço gente que tem roupas dos anos 80 ainda em seu guarda-roupas. O que será que existe de tão glamoroso em uma coleção de 200 sapatos? Se pelo menos a pessoa usasse 10% disso...

Presentear alguém ainda é uma coisa inédita a muitas pessoas nesse mundo, uma pena! Ver a cara de satisfação de alguém que conseguiu o que queria é tão bom quanto (ou até melhor do que) receber um presente, em tantos casos. Basta olhar nos olhos de uma criança ao receber um brinquedo, ou na festa de um animalzinho quando ganha apenas um petisco.

Aliás, o que dizer dessas criaturinhas abençoadas? Mesmo que viva na rua, sem ter o que comer, basta um carinho e você terá dado a um bichinho mais do que o mundo inteiro. Será eternamente grato. E mesmo assim tem gente que nega um prato de comida.

Quando fazemos o bem nos colocamos em uma posição importante em relação ao próximo: estaremos no mesmo patamar. Sem indiferenças, ou arrogâncias, ou comparações de status ou classe social. Apenas uma ajuda a quem precisa.

E quando nos dispomos a fazer o contrário, também sofremos com o reflexo. Basta pensar em como nos sentimos quando criticamos, brigamos os gritamos com alguém, qual é a lembrança que isso nos traz. Certamente não é boa.

Caso você não esteja se sentindo bem, experimente praticar o bem. E perceba que essa atitude será um remédio para quase toda a angústia que sentimos em muitos momentos.

Vamos tentar?

terça-feira, 19 de março de 2013

CD Store



É interessante como algumas coisas nos acompanham por toda a vida. Desde a infância, lembro-me de ser apaixonado por música. E esse gosto, que me acompanha até hoje, teve várias etapas.

1993. No último ano do colegial as turmas de amigos já estavam mais do que definidas. Cada um tomava parte do grupo de que mais gostava, desde os arrumadinhos, passando pelos esportistas e pelos excluídos. Eu era da turma que era fã de música.

E essa paixão aumentou quando, em uma das minhas caminhadas no centro de São Bernardo do Campo, entrei em uma loja semiaberta, sem letreiro, mas com algumas vitrines repletas de CDs:

- Só abriremos amanhã - disse o vendedor cabeludo.
- Posso apenas dar uma olhada?

Ao entrar naquele lugar, onde todos os discos que havia sonhado ter estavam reunidos, sabia que, enquanto aquela loja existisse, eu estaria lá. Tanto é que comprei um deles naquele mesmo dia, e me tornei o cliente zero do lugar.

E em boa parte daquele ano, após sair do colégio, passei minhas tardes conhecendo novas bandas, novos discos, descobrindo a história de boa parte do rock´and´roll que conheço hoje em dia. É claro que me tornei amigo de todos os vendedores.

Chegamos a um ponto em que eu já sabia a data dos pedidos pra encomendar os CDs, já ajudava a vender quando a loja estava lotada, ou atendia o telefone quando todos estavam ocupados. Lembro-me das noites de videogame aqui em casa depois do expediente.

Assim passaram-se muitos anos. Minha coleção de discos explodiu, a loja aumentou e ganhou uma filial em um shopping. Não tinha o mesmo charme, mas quem se importava? Tínhamos os amigos, os discos, tudo de que precisávamos. Eu continuava sendo o cliente zero!

Porém um assalto em meados dos anos 2000 acabara com o nosso encanto. O medo e as mudanças constantes na vida de todos levaram a CD Store ao fim de suas atividades, bem em uma época em que a música digital - sem glamour, sem encarte e sem direitos autorais - começava a aparecer no mundo.

Os vendedores se separaram, os clientes - zero, ou um, ou dez mil - ficaram desamparados. Nunca mais o ABC paulista teve um lugar onde se encontravam tantos títulos em CD, bom atendimento e amizade. E acho que consigo contar nos dedos os discos que comprei desde então.

Prefiro acreditar que a loja não fechou, que os amigos e os vendedores ainda estarão lá e que, se eu ligar no velho 4125-2566 ainda vou ouvir:

- CD Store bom dia!


sábado, 16 de março de 2013

Seguir?


E ao sair na caminhada daquele dia, o sol forte o esperava. Sabia que tinha de enfrentá-lo, não era mais possível se esconder em meio aos dias escuros e solitários.

Logo ao sair, encontrou uma árvore caída em seu caminho. Imaginou que talvez fosse possível desviar. Conseguiu. Notou que aquela era a primeira de muitas que deixaria pra trás. Já havia derrubado tantas delas e nem tinha sequer notado.

Percebeu que muitos haviam ficado pelo caminho, e que não seriam vistos de novo. E notou que alguns já tinham seguido e o deixado pra trás. Apesar de ter vontade de alcançá-los, percebeu que a perseguição era bobagem. Mesmo que conseguisse não seria mais o momento de estarem juntos. Era passado.

Foi inevitável perceber que seus caminhos passavam por uma estrada de terra e lama. A grama dos campos não crescera há muito tempo, mas só agora havia se dado conta. Viu outra árvore cair em seu caminho.

Quanto mais avançava, maior era a percepção de que seus atos estavam no passado. Não se arrependia do que era, mas havia perdido a mesma vontade de antes. Estava muito longe do mundo real, e isso o preocupava.

Ainda lhe restava algum tempo. Só esse tempo poderia lhe devolver os campos verdes, o chão seco e as árvores floridas novamente. Não podia esperar muito, qualquer deslize o deixaria escondido num mangue escuro e úmido, talvez sem saída.

A vida agora estava somente à sua frente, apenas de cara pro vento.

terça-feira, 12 de março de 2013

POWER: Off



Chuva em São Paulo. Semáforos quebrados, alagamentos e falta de energia em boa parte da cidade. Inclusive aqui em casa.

Por sorte ainda me resta um pouco de bateria nesse computador pra escrever esse post. Mas vamos imaginar, apenas por alguns minutos, se em nenhum momento das nossas vidas houvesse existido a energia elétrica.

Certamente esse texto não seria digitado, pois não haveria computador, muito menos internet. Nesse momento eu estaria escrevendo-o a lápis, ou talvez datilografando-o. Ao terminá-lo, eu teria que levá-lo ao jornal, que o publicaria no dia seguinte, com uma tiragem minúscula, já que não haveria energia elétrica para movimentar as prensas.

E pensar que nossos antepassados sobreviveram a isso, hein? Sem geladeira, por exemplo. A presença do eletrodoméstico em todas as casas é coisa recente. Imagine você, amigo leitor, que nunca passou por isso, tendo que comprar todos os dias sua comida para poder almoçar ou jantar. E nada seria gelado...

Falando em gelado, me dá arrepios pensar que também não teríamos o ventilador, ou pior, o ar condicionado! Para alguém como eu – que é a pessoa mais calorenta do mundo – seria algo desesperador. Só de pensar já começo a transpirar.

Imagine sua roupa limpinha que sai da máquina de lavar...Só que não. O velho tanque era o protagonista na época da escuridão. Escuridão que era altamente presente, pois sem luz, só restava às pessoas se recolherem às 18h, e, com um pouco de sorte, esperar que o sol nascesse por volta de 5h.

Poderia citar mais alguns milhares de exemplos - o banco sem sistema, no velho esquema da caderneta e do livro caixa, a não existência da telefonia como conhecemos etc. Talvez até seja difícil encontrar algo que não dependa da energia elétrica. E pensar que às vezes nem ligamos pra ela.

Vamos rezar pra que o povo, que está se especializando em destruir tudo, não acabe com mais esse recurso. Pelo menos podemos tentar usá-lo com consciência, que tal?

E o último que sair, apague a luz.

sábado, 9 de março de 2013

Vai anos 80!





Talvez só quem tenha passado pelos anos 80 realmente saiba o que essa época significa. É como um século dentro do século, uma divisão da história assim como o ano zero. E eu estava lá.

Certamente foi a década mais peculiar de todos os tempos. A década do exagero, da descoberta. Tudo estava se transformando nos anos 80. A música, a moda, a tecnologia. E eu, uma criança virando adolescente.

Por sorte as mudanças que os 80´s nos trouxeram foram melhores que piores. A moda foi terrível, tenho que reconhecer. Calças de helanca, ombreiras gigantes em blazers chamativos, camisetas coloridíssimas e camisas jeans eram os campeões do mau gosto. Isso porque nem falei dos tênis quadriculados.

E os cabelos então? Algo pra esquecer. Os famosos mullets nos homens (sim, eu tive...) e os litros de laquê nas mulheres deram o tom. Impossível não se lembrar dos fixadores Studio Line: esculpa seus cabelos à sua moda...


Por sorte a música nos trouxe o que há de melhor. Iron Maiden, Queen, Genesis e Yes foram algumas das bandas que nasceram nos seventies mas se firmaram definitivamente nos anos 80.

Já o som da moda era o New Wave. As baterias eletrônicas e os milhões de teclados fizeram nascer um estilo único e maravilhoso. Impossível não citar The Smiths, New Order, Duran Duran e Depeche Mode. E ainda Culture Club e The B-52´s, que além de tudo tinham os visuais mais coloridos e diferentes do mundo.

Quem era jovem naquela época se divertiu com o incrível vídeo game de última geração: o Atari. Para uma criança de hoje seria motivo de piada, mas naquela época era o top da tecnologia. Computador então, nem se fala. O MSX era o sonho de consumo de qualquer estudante do colégio. Afinal, funcionava com uma incrível fita cassete!

Por falar em fita cassete, a alternativa ao ipod (que infelizmente não tinha sido inventado ainda) era o walkman Sony. No toca fitas portátil estavam as incríveis coletâneas de nossas músicas favoritas, escolhidas a dedo entre nossos discos de vinil. Presentear uma moça com uma seleção de músicas escolhidas só pra ela era o que havia de mais romântico...
E do alto dos meus 36 anos sobrevivi aos anos 80. Brinquei com os brinquedos Estrela, juntei dinheiro do almoço do colégio pra comprar discos de minhas bandas favoritas até hoje, usei as roupas coloridas e os cabelos estranhos. Com uma grande alegria de poder levar todas as lembranças e os reflexos de uma época tão boa da vida.

terça-feira, 5 de março de 2013

O organizado





Tinha hora pra tudo. O banho, o almoço, o jantar. Até o tempo que demorava para lavar a louça era cronometrado.

Suas camisas eram organizadas por tipo, tamanho e cor. Utilizava quase um método “batalha naval” para organizá-las. F2: camisa azul da quinta feira.

No trabalho, pontualidade ao entrar e sair. Deixou de usar o carro para não ser vítima do trânsito. E às quartas feiras no final da tarde, seu melhor momento da semana: 60 minutos inteirinhos de dedicação ao violoncelo.

Há 20 anos estudava com a senhorita Lourdes, que há pelo menos 10 já dizia que ele não precisava de aulas. Insistia que tinha que melhorar sua técnica, mesmo sem nunca ter errado uma nota sequer.

Todavia, os 20 anos de histórias e biscoitos de chocolate foram-se com os 80 anos de senhorita Lourdes. Junto do e-mail comunicando-o da missa de sétimo dia, o nome da professora da próxima quarta. Cecília.

Dias agitados. Afinal, uma mudança de organização não ocorria há anos. E pontualmente às 16 horas...e 3 minutos, chegava a nova professora. All Star, jeans, cabelo castanho levemente desarrumado, camiseta do Mumford & Sons:
- É minha banda preferida. Uso pelo menos 3 vezes por semana.

E logo na primeira aula a moça esqueceu as partituras que havia preparado. Desastre. Quem mais aprendeu foi ela ao vê-lo executar com maestrias seus exercícios de 20 anos.

A vida seguiu. As aulas também. Melhores, porém sem mudanças. E ainda o acaso fez com que nem o táxi andasse naquela tarde. No telefonema cancelando a aula descobriu que estava do lado da casa de Cecília:
- Por que não? Disse a moça.

Incrivelmente não se sabe como ele venceu o TOC, a mudança de trajeto, de horário. Mas lá estava ele na casa construída nos anos 70. Desorganização, quadros de horários riscados, uma mescla de estilos, e uma coleção de 6 baixos e 7 violoncelos.

E após o café que ela trouxe (experimentou a bebida pela primeira vez) teve sua aula, sem partituras, sem exercícios, apenas música (também experimentou pela primeira vez). E reparou no cheiro do cabelo castanho pela primeira vez. E tudo isso o levou a ver, pela primeira vez, como ela era linda.

Essa semana quase perderam o horário da viagem para assistir ao Mumford & Sons (agora sua banda preferida). Depois que ele se mudou pra casa dela nunca mais conseguiu organizar nada.

Mas tinha que jogar seu novo contrabaixo em cima dos tickets e das passagens pra lua de mel em Paris?



domingo, 3 de março de 2013

Reclamações: aqui




Quantas reclamações você já fez hoje? E quantas delas foram realmente pertinentes?

Percebeu como a gente reclama demais de coisas que nem são tão importantes? Ok, entendo que não precisamos ser totalmente Pollyana, mas às vezes nos preocupamos demais com coisas que são absolutamente irrelevantes.

E tem gente que reclama de absolutamente tudo: se o café está fraco, ou se está forte, ou se está normal (?).  Se chove reclama-se porque o tempo está úmido, mas se não chove reclama-se porque há muita poeira.

E o trânsito? É o assunto do café da manhã de qualquer local de trabalho. Ah, mas chegou o feriado, então vamos nos matar no trânsito só pra poder chegar 2 horas antes ao destino final da viagem. Afinal, pra que a sensatez?

Existem os que reclamam profissionalmente, que fazem de sua vida um mar de lamentações. Note como essa gente envelhece mais rápido. Até a feição torna-se amarga, deformada, sombria.

Eu acho que já reclamei demais nesses 36 anos. Acredito que todos nós passemos da conta às vezes. Aprendi finalmente que quanto mais reclamamos, pior é a vida. E isso tem me feito tão bem.

Melhor do que tentar enxergar coisas boas é agir. Fazer acontecer é o que realmente nos fará feliz. Esperar é bobagem. Quebrou? Conserte. Engordou? Emagreça. Não entende algo? Estude.

E se você acha que talvez tudo isso seja bobagem, olhe para os cachorros. Não importa o que aconteça, se estamos bem ou não, sempre que os encontrarmos seremos recebidos com um rabinho abanando, e com muita festa. Porque tudo de que eles não precisam (e nem a gente) são reclamações.