quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

A segunda divisão da vida



No final de 2007 assisti meu time do coração ser rebaixado pela primeira vez em quase 100 anos de história. Apesar de doloroso, não foi difícil entender os motivos da queda, nem que o caminho para que a equipe voltasse dependeria de muitas mudanças. Disciplina, dedicação e reorganização estavam entre elas.

Esse ano foi a minha vez de disputar a segunda divisão da vida. O rebaixamento em 2013 talvez não tenha vindo sem motivo, porém poderia ter sido evitado se eu não tivesse sido tão ingênuo.

Fato é que, para disputar a "série B" eu precisaria estar preparado. Além de uma grande e dolorosa perda, eu teria que conviver com toda a torcida adversária, em campos horríveis, aguentar  juízes inescrupulosos e desonestos. Afinal, esse tipo de gente sempre está a postos nessas horas.

Porém eu sabia que não era o momento de entrar de cabeça baixa. Entregar os pontos é a mais vergonhosa das derrotas. Mesmo nessas horas sempre existe um aprendizado, e eu sabia que precisava tirar proveito de tudo de bom que ainda existia naquele cenário, sem perder nenhum grão da fé que eu carregava.

Para que isso acontecesse era hora de trabalhar dobrado. Disputar todas as partidas, jogar em todas as posições, erguer-se de todas as faltas recebidas e ser expulso se precisar. Foi nesse momento que percebi que minha torcida era maior do que a torcida adversária, que os campos já não eram tão ruins, e que a segunda divisão começava a ficar cada vez mais longe.

Faltava a final. Era a hora de decidir qual seria meu destino em 2015. Para trás todos os fantasmas e lembranças ruins, para frente todo o aprendizado adquirido em um ano de muito trabalho e dedicação. Felizmente deu certo, e eu estava entre os grandes de novo!

Amigo leitor, se esse ano você "caiu" pra segunda divisão da vida, saiba que vai enfrentar muitos desafios e milhões de desgastes. Porém nunca perca a fé. Afinal, os momentos bons passam, mas também nada que é ruim dura para sempre. Há sempre um ano novinho com bilhões de oportunidades.

Sobre meu time? O Corinthians voltou para a série A do campeonato no final de 2008 com uma campanha brilhante. Fica a lição e, mais do que ela, todos os ensinamentos adquiridos naquele ano fatídico, para que nunca mais haja um novo rebaixamento, inclusive na vida.

Feliz ano novo.



quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

É Natal



Tanta gente enche a casa e decora passo a passo a mesa da ceia. Presenteia àqueles que nem sequer uma palavra trocou. Faz uma visita de rotina aos familiares rancorosos e parece que "paga" sua dívida de fim de ano, mesmo sabendo que não acredita no que está fazendo.

Eu acredito. Acredito na renovação da amizade dos que tiveram conosco em todos os momentos da vida, no abraço sincero dos familiares queridos, na renovação da fé que nunca nos pode faltar, principalmente nos momentos mais difíceis. E na única comemoração que a data nos traz: o aniversário de Jesus.

Mesmo que não haja uma mesa, nem um presente, nem uma casa cheia. Afinal, se os sentimentos são sinceros, isso nós podemos ter a qualquer hora.


Feliz Natal







quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Apenas um sonho



Poucas vezes na vida tinha vivido algo assim. Os assuntos simplesmente afloravam, a empatia ficava maior a cada minuto. Teve vontade de conhecer e escutar tudo de sua vida, tudo o que ela tinha pra contar.

Passou por uma fase que apenas olhá-la já era suficiente. Estava fascinado. Não que fosse algo novo, mas era completamente incomum depois de certo tempo.

Tornaram-se amigos, depois um pouco mais. Contou a ela muito de sua vida, todas as emoções, os fantasmas, seu jeito de pensar, como as coisas funcionavam, e como ele reagia. Confiou muitos de seus medos e inseguranças. Ouviu dela segredos; alguns a fizeram chorar, outros simplesmente despertaram um sorriso. Nada do que faziam juntos era incômodo, chato ou repetitivo. Era simples. Apaixonou-se.

Pra ele, ela era tão importante... Fez com gosto tudo aquilo que pudesse agradá-la, isso lhe fazia muito bem. Recados especiais, comidas favoritas, preocupação quando não estava tudo bem. A cada passo seu envolvimento aumentava. A paixão também. Era como em um sonho.

Talvez tenha percebido que sonhava quando viu que tudo ia muito bem. Colocou seu coração à prova e o entregou. Notou que o sonho era mais dele do que dela. E que, como em todos os que já teve, um dia ele acabaria.

Acabou.

Restou despertar. E guardar apenas as lembranças boas, intensas e libertadoras que teve. Porém, como em todos os sonhos, seriam efêmeras, quase turvas, voláteis.

Era agora o momento de manter-se acordado e esperar que, quem sabe um dia, uma nova paixão o fizesse voltar a sonhar. Dessa vez para sempre.



quarta-feira, 18 de junho de 2014

Babi



Quem me conhece sabe que os laços que tenho com as pessoas que gosto é sempre estreito e passional. Isso não é diferente com a minha família. Ainda mais porque sou filho único, e sempre fui muito próximo de meus pais.

Esse tipo de convivência meio que me manteve blindado de algumas situações. A morte foi uma delas. Sendo sincero, sempre tentei me manter bem longe desses acontecimentos. Tinha convivido no máximo com um velório na vida, acontecimento inevitável, estranho e difícil de entender.

Por sorte qualquer situação desagradável da vida sempre se resolveu em uma boa conversa com meu pai. Sua calma, seu jeito positivo e confiante de pensar nas coisas, sempre transformou problemas em soluções.

Essa companhia passou por toda a minha infância e adolescência. Por quase 30 anos estivemos apenas à uma porta de distância. Ele, em seu quarto de costura, mesmo que ocupadíssimo com seus ternos de casamento, estava sempre atento à família, às nossas complicações e loucuras da vida. Sem perder nada das notícias do mundo, que formavam suas opiniões calmas e sinceras.

Foi por causa dele que deixei de ser flamenguista, aos 5 anos, e me tornei corintiano, pois "era melhor escolher um time de São Paulo para irmos aos jogos". Foi com essa calma e com um "é o que você gosta" que me tornei professor ao invés de engenheiro, mesmo sabendo os prós e contras da profissão. E foi sempre com uma tranquilidade ímpar que ele me ajudou a enfrentar vários desafios.

E sim, como grande pai, ele nunca me julgou. Respeitou e ajudou para que eu contornasse todos os problemas, todos os grandes erros da minha vida; pensou em primeiro lugar no meu bem estar, mesmo que isso deixasse sua tranquilidade de lado.

O ápice desse zelo foi o Sr. Etevaldo não ter deixado a gente perceber que ele não andava bem de saúde. Muito embora percebêssemos que suas costas já se curvavam, sua pele enrugara e os cabelos raleavam-se, ele continuava sendo o mesmo super herói de sempre.

Foi o que aconteceu quando ele me viu cuidar da saúde, com a corrida diária e com a dieta. Em nossa penúltima conversa, no parque, depois de um treino, meu pai fez quase uma previsão de como as coisas seriam no futuro. Como eu deveria suportar uma mudança de foco, e que talvez o círculo da vida me levasse de volta aos objetivos antigos, porém agora de uma maneira mais dura. Manteve sua postura e disse que o importante era que tivéssemos força para cumprir todos os objetivos.

Conversamos mais uma vez, e nos despedimos. Fui viajar. Acho que ele sabia que sua hora tinha chegado. Em 6 dias meu pai adoeceu, foi para o hospital, voltou para casa e morreu. E provavelmente ele fez questão de que eu não soubesse seu real estado de saúde, para que isso não prejudicasse os meus objetivos. Babi - foi assim que eu o chamei a vida inteira - nos deixou no dia 24 de janeiro, e mesmo dos céus deu um jeito para que eu conseguisse voltar antes do funeral.

Hoje ao entrar em seu quarto de costura, vi, em um canto, seu pano de forrar o balcão, onde ele cortava seus paletós, milhares que ele fez nessa vida. Lembrei exatamente de uma passagem da vida, quando, nos meus 11 anos de idade, ele saiu para fazer uma cirurgia e ficou 3 dias fora. Foi impossível não sentir-se uma criança, porém naquela época tinha o conforto de saber que ele estaria de volta.

Agora nem sua máquina e nem ele estavam mais lá. E nem mais o seu "alô" quando eu discar "casa" de meu celular, muito menos o seu "Vai com Deus", frase que eu sempre ouvi antes de sair para qualquer lugar do mundo. Por sorte, e acho que porque você sempre pensou em mim antes de qualquer coisa, essas foram as últimas palavras que ouvi de você, meu melhor amigo.


Te amo meu pai.


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Entrando no eixo



E levantar-se naquela manhã, que não era bem de manhã, já não era mais tão difícil. Sentiu-se despertando para uma nova vida. Os pensamentos de sempre já não eram mais os de sempre! Sua oração matinal daquele dia substituiria os fantasmas em que ainda pensava.

A obrigação de fazer as coisas na mesma ordem já não tinha mais sentido:
- Pra que ordem mesmo? Pensou enquanto sorria.

Esqueceu-se que tinha um compromisso naquele dia. Sorriu novamente, enquanto olhava para o céu cinza, onde o sol tentava rasgar as nuvens e esquentar o comecinho do inverno. Pra ele o calor não era necessário, já sentia-se agradavelmente aquecido para enfrentar qualquer temperatura.

Lembrou-se do dia anterior. E do vinho daquele jantar - que há tempos não tomava com tanto gosto - e acompanhou o melhor dia de sua nova vida, o primeiro.

Junto com eles, o sorriso de um encontro inesquecível. Uma mocinha com sorriso de moleca, de uma beleza e alegria estonteantes fizeram com que ele quisesse estar ali pra sempre. Teve certeza que era o seu primeiro encontro.

Esqueceu-se que estava rodeado de pessoas, elas não o incomodavam mais. Conversaram sobre tudo, ele se interessou por tudo. Em algum momento do jantar ele apenas a olhou, porque era o momento de maior alegria para ele em muito tempo: olhar para ela. Também notou seu perfume delicioso, que tornaria aquele dia mais do que especial: inesquecível.

Lembrou-se, após algum tempo, das cicatrizes e arranhões escondidos de uma vida, que agora aflorariam e sumiriam em segundos. Sentiu-se de alma lavada quando notou que não era mais necessário pensar no que acontecera até ali. Tudo foi pra muito longe.

Tinha esquecido de como era sentir-se bem. Porém a mocinha do olhar delicadíssimo, do sorriso mais lindo e da companhia mais agradável fizeram-no se lembrar: era hora de se apaixonar...


Não como se fosse a primeira vez, mas sim como a melhor delas.


domingo, 20 de abril de 2014

Estamos prontos



Quantas vezes já nos passou pela cabeça a ideia de que não estamos preparados para enfrentar certas situações? E quantas vezes fomos surpreendidos por momentos que nunca nem imaginávamos que pudessem existir?

É interessante como pensamos, muitas vezes, que nunca nos livraremos de um ciclo de espinhos. Mais interessante é que, em muitos momentos, também somos surpreendidos com coisas boas que nem esperávamos nessas horas tão difíceis. E mesmo que sobrepostas por todos os problemas, são elas que nos ajudarão a superar qualquer desafio.

Já percebeu como muito daquilo que não prestamos atenção nos afagam? Pode ser um bom dia sorridente, um "rabinho abanando", um pastel de feira, um café fresco feito por quem amamos ou uma música preferida. A sensação de ouvir o despertador tocar e perceber que é domingo, ou de sentir que, apesar de tudo, sempre alguém irá se lembrar de que estamos ali.

Por mais que a vida nos dê algum impedimento, sempre estaremos prontos. Para desviar e encontrar outra forma de resolver cada problema, ou para simplesmente avançar e deixar aquilo que nos incomoda para trás. Mesmo a perda de um ente querido, que nos faz sofrer tanto e pensar por quê as coisas acontecem de maneira tão triste e desgastante, nos leva a pensar o quanto ainda precisaremos tomar conta dos que ficam. E se nesse momento não houver pelo menos uma poeira de fé e amor, será muito difícil ajudarmos aqueles que realmente precisam.

Muitas das histórias que vivemos na vida e que julgamos ter sido um "conto de fadas" não precisam ser esquecidas só por que deixaram lembranças tristes. Em algum momento também foram felizes e, como em um bom livro de histórias, haverá sempre a página seguinte com outro conto escrito (ou que iremos escrever), esse sim com aquele final feliz como todo conto de fadas deve ter.

Mesmo que algo esteja dando muito errado, ainda assim agradeça. Se você conseguiu chegar nesse ponto, muito daquilo que fizemos e acreditamos deram certo até ali. Um problema pode sempre ser resolvido, e ao contrário dos problemas matemáticos, sempre haverá inúmeras soluções.

Prepare-se. Pode ser que muito do que acreditamos não seja algo definitivo. Mas isso é bom. A renovação nem sempre é trágica, e mesmo que não pareça, sempre estaremos prontos para recomeçar, mesmo que sem as mesmas condições ou recursos que tínhamos. Basta não perder a fé.

E ainda assim, caso algo definitivamente tenha ficado para trás, não chore pelas coisas terem terminado, sorria por elas terem existido.



domingo, 30 de março de 2014

O hungarês



Há quase 2 anos comecei a me interessar mais pela cultura e  em conhecer os membros da comunidade da terra de meus antepassados. E nessa busca pela origem dos ascendentes descobri algumas agradáveis e sinceras pessoas que tornaram-se parte importante de meu dia a dia.

Essa história começa com a busca dos documentos de meu avô, para o processo de obtenção de minha cidadania húngara. No processo de levantamento dos dados (veja a história sobre minha cidadania húngara aqui), tivemos um grande aliado. O Gábor (atenção: não ouse chamá-lo de Garbo, Gaburo, Gláuber ou Jaber...) nos auxiliou prontamente em tudo, foi muito dedicado e assíduo no andamento de toda a documentação.

Essas idas e vindas ao consulado tornaram-se frequentes e nossos almoços, antes dedicados exclusivamente aos assuntos da cidadania, foram cedendo espaço a assuntos diversos. Conclusão: era o início de uma grande amizade.

Lembre-se amigo leitor: quando você ganha um amigo sela um compromisso sincero em sua vida. E com ele virão todas as virtudes e aquelas "anormalidades" que só quem é próximo de uma pessoa conhece. Isso inclui as críticas sinceras e construtivas, as piadas ruins e as sonoras respostas "NÃO", que na maioria das vezes significam um sim, porém tem sua importância real quando é resposta a algo sério (não citarei a parte de emprestar o paletó ou abrir a geladeira alheia).

A parte boa dessa história toda é que ganhei uma espécie de irmão mais velho (não muito velho, viu Gábor!), que costuma ser sincero sobre as opiniões de meus atos, é um leitor assíduo e crítico de meus textos, presta atenção em minhas atitudes e erros e os aponta sem pudores, pois só quem se importa nos dirá em quais situações devemos melhorar.

Atualmente essa sinceridade tem me tornado uma pessoa mais atenta e forte. E de certa forma esse cuidado me faz pensar mais naquilo que realmente é importante, e em qual direção tomar (segundo ele, aquela que nos fizer feliz).

E nesse ritmo a vida tem voltado para o eixo depois de um período obscuro e triste. Aprendi com esse húngaro-brasileiro que sempre as coisas acontecem por um motivo, e antes que se tome qualquer atitude devemos olhar o que aconteceu no passado, e o que isso pode acarretar no futuro.

Sobre a cultura húngara e o motivo inicial de nosso contato? Descobri que o país é um dos mais lindos e mais interessantes do mundo, que o povo tem muito orgulho de seus feitos históricos e atuais, e que em setembro há uma meia maratona das mais importantes do mundo (estarei lá...).

Grande amigo, tenha certeza que essa nossa convivência é mais do que uma nota 9 em um aranygaluska (doce típico húngaro) que estava com pouco sal, mais do que um alento em um momento de tristeza, e mais do que um conselho na recuperação de uma burrada feita na vida: é uma nota 10 quando vejo que você não mede esforços para que eu esteja bem sempre, e uma nota 100 para uma grande e sincera amizade.

Köszönöm!*

*Köszönöm é a tradução em húngaro para obrigado.



terça-feira, 4 de março de 2014

Smile


O alarme tocou. O horário era diferente daquele que ele estava acostumado a acordar. O lugar era outro, a noite tinha sido terrível. Em seu pensamento apenas uma certeza: ao abrir os olhos não saberia qual seria seu destino, nem o que enfrentaria naquele dia. Sua vontade era apenas de tornar-se invisível, quando precisasse.

Seu grande medo era não encontrar mais aquilo que deveria. Sabia que ia acontecer. As lágrimas iminentes, o medo e a tristeza enlatados, agora tomavam forma e faziam-se presentes como o sol que insistia em incomodar seu despertar, pela fresta da cortina.

Na falta de esperança arriscou abrir os olhos. Lembrou-se do sorriso mais lindo que já tinha visto. Procurou-o em uma foto e encontrou. Um alento. Instantaneamente sentia o alívio da lembrança dos momentos mais felizes que já passara: um dia de chuva no rosto, um prato de arroz fresco, um beijo de reencontro, o acordar de um sonho ruim.

A ausência de chão já não era tão presente. Percebeu que iria sobreviver. Notou que a vida é e sempre será boa, apesar de tudo, que os momentos de dor irão transformar-se em saudades, que o arrependimento faz crescer, e que a vida passa tão rápido, quase como o açúcar que se dissolve em um copo d’água.

Pensou nos domingos de outono que o deixavam tão feliz, e que vale sempre a pena continuar tentando, que é possível sorrir mesmo que o momento não seja bom, e que substituir a culpa pelo amor e um gesto rude por um carinho sempre será melhor, mesmo que não haja retribuição.

Descobriu que não precisava mais olhar pra trás. A partir de agora estaria menos cego, mais cansado, menos poderoso. Em compensação sentia-se mais amparado. Não iria chorar, nem gritar, nem falhar. Apenas cuidaria para que as pessoas certas, de quem ama, estivessem ao seu redor.

A vida seguiu.  E teve certeza de quem mudava seu dia quando leu a resposta da mensagem daquela manhã:

- Temos um sorriso pra hoje?
- Sim, sempre!



segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Um espelho da vida





Por muitos anos, desde a infância, eu ouço que todas as atitudes que tomamos frutificam-se, que funcionam como uma bola que jogamos contra uma parede. Essa reação será mais fraca ou mais forte, tudo vai depender de qual intensidade você quiser colocar.


À cada dia essa informação, que a mim sempre foi duvidosa, tem sido cada vez mais convincente:  de que toda atitude tem um retorno.

Tenho me convencido que essa espécie de lei da reação pode nos proporcionar momentos muito bons ou muito ruins, e isso vai depender de qual lado da balança iremos nos posicionar.

É fato que, quanto melhor você for a quem está próximo, mais bem tratado seremos. E mesmo que isso seja feito a alguém estranho, o universo irá encarregar-se de devolver aquilo que você produziu.

E com raras exceções, daqueles que apenas levam da vida as coisas ruins, ou aqueles que apenas precisam viver de suas energias boas, esse reflexo vai estender-se àqueles que você vai chamar de amigo.

Perceba, amigo leitor, como isso nota-se principalmente com quem você convive. É no ambiente dos que o cercam que percebemos em quem deveremos confiar. E algumas amizades que lhe parecem verdadeiras podem sempre lhe surpreender. Essa confiança talvez seja a única das atitudes que não vai trazer-lhe o retorno necessário.

O resultado pode ser trágico caso isso aconteça. Pode te levar de volta ao ponto de partida da vida, ou a repensar todas as atitudes que tomamos até aquele momento. Não que isso signifique que devemos ser falsos.

Já a sinceridade é uma coisa que vai produzir algo positivo, em partes. Deve ser administrada com cuidado, existe uma linha muito tênue entre o mentiroso e o super sincero. A ponderação correta vai produzir algo perfeito em uma vida tão longa: confiança.

Se você acertar em cheio em quem confiar, que possa chamar de amigo, parabéns! Poderá pedir ajuda a qualquer momento, vai receber um afago, ou um telefonema de longe apenas "porque sim", e vai morrer de saudades quando lembrar de um momento ou alguma coisa que possa lhe agradar, mesmo que não esteja nem um pouco perto.

Por isso, antes de qualquer atitude extrema, boa ou ruim, antes de abrir seu coração, ou de confiar tudo o que temos - nossas vidas - olhe-se no espelho. Interprete aquilo que você verá diante de seus olhos como aquela pessoa que você gostaria de conviver. Pondere se você deve chamá-la de amigo, e tenha certeza de que você verá o que ela vai te devolver.

E assim mediremos com qual força a bola da vida que você vai jogar voltará para suas mãos. 

Que esteja no seu controle.  


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

2014



E agora que ganhamos um ano novinho: Feliz 2014!

Meu desejo? Que sejamos os melhores! Então antes dos amores correspondidos, das amizades verdadeiras, do aumento de salário e do começo da dieta... Ame-se!

Cada pessoa é a número 1 pra si mesma.


Feliz ano novo.