terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Prazer, eu mesmo!


E aqui estou eu, amigo leitor, sozinho em casa escrevendo esse post. Não que isso me desagrade, pelo contrário, é tão bom às vezes estar comigo mesmo, frente ao bando de gente louca que existe nesse mundo.

Sim, tenho pavor de gente. Em muitas ocasiões tenho certeza de que todas as pessoas estão me olhando. Engraçado que é algo meio seletivo, nem sempre isso me incomoda, apenas em certas ocasiões.

Algumas situações estranhas acabam comigo. A pior de todas: aeroporto. Pessoas loucas empurrando seus carrinhos contra tudo e todos, como se apenas não houvesse ninguém. E a fila para o check-in? É desesperadora.

Aliás, fila é algo medonho. Por que a pessoa acha que quanto mais encostada em você ela está, mais rápido a fila vai andar? São incontáveis as situações em que deixei de viajar de avião e preferi o carro, mesmo gastando o dobro do tempo.

Restaurante é outro exemplo em que me sinto na vitrine. Principalmente se estou na fila de espera. O olhar de reprovação de quem também está esperando sua vez me dá medo. A pessoa repara na roupa, no peso, na companhia, se estamos derretendo de tanto calor (é frequente comigo) etc.

Praia? Deus me livre! Eis o exemplo mais inspirador para os maníacos de plantão. Nem citei como a pior das minhas fobias, pois é algo que nem frequento aqui no Brasil. Deixo para aproveitar uma vez por ano em alguma viagem ao exterior.

Por falar nisso, tenho quase certeza de que o modo stalker é apenas para brasileiros. Nunca fora do Brasil alguém estranho me encostou (odeio!), nem reparou na roupa, ou notou se eu sou gordo. Talvez seja esse apego nacional por tanta coisa fútil.

Como eu disse, essa loucura de estar longe de gente é seletiva. Shows e campo de futebol não me incomodam. Quem vai ficar reparando nesse público, não é mesmo? Também consigo lecionar com tranquilidade, independente da plateia ou do número de pessoas. Nunca sequer me incomodei com alunos.

E quando a companhia é boa, nada nos incomoda. Até no pior lugar do mundo, tudo estará maravilhoso (mesmo cinema lotado, onde o rapaz de trás insiste em chutar sua cabeça....rs).

Por falar em pavor de gente, lá vou eu ao restaurante tentar comer algo. De preferência sem alguém que me empurre, me olhe, ou me interrompa. Pensando bem, acho que vou ficar em casa...

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