Tenho que reconhecer. Apesar de ter apontado o
Depeche Mode como minha banda favorita, não posso deixar de citar com igual
respeito um conjunto a que já assisti 8 vezes ao vivo, que também tenho todos
os discos e que não sai de meu ipod nunca.
Comecei a ouvir o U2 também no começo dos anos 90,
porém o contato inicial não foi muito bom. Desde a metade dos anos 80, eu já
conhecia algumas músicas que tocavam no rádio, mas, para mim, nada de
diferente. Apenas mais uma banda pop de sucesso.
Porém em 91, quando um amigo me emprestou um disco que
continha algumas gravações ao vivo, fui conquistado. As apresentações viscerais
me levaram da condição de ouvinte para fã.
Comprei os discos antigos, os novos, conheci músicas.
Fiquei louco para assistir aos shows que havia em vídeo. E, como fã, sempre fui
a favor de tudo que os irlandeses faziam.
Por isso gostei quando nos anos 90 o U2 mudou o tipo
de som. Achei muito bom a experimentação eletrônica presente nos discos Zooropa
e Pop. Também, ao contrário do que os críticos musicais costumam dizer, (em
minha opinião muita porcaria), eu acho interessante que o guitarrista The Edge
use muito os pedais de efeito em suas composições. Afinal, são pra isso que
eles são feitos, não?
Em 1998, quando vieram ao Brasil pela primeira vez,
estive lá, na grade, nos 2 shows. Madruguei na fila em 2006, tomei sol e chuva
pra ficar em frente ao palco. Em 2011 me emocionei no primeiro show e me
irritei nos outros dois, em meu espírito de fã, apresentações totalmente sem
graça.
Briguei. Decidi parar de ouvi-los. Mas por pouco
tempo. Ao ver o vídeo de Under a Blood
Red Sky, de 1983, percebi que a emoção de toda a obra não valia meu
desprezo por apenas achar que o show não foi bom. Talvez não fosse o dia deles
que havia sido ruim, e sim o meu.
Muito embora eu escute com frequência a frase
“gostava do U2 quando eles eram irlandeses”, eu não acho que seja assim. Acho
muito bom que eles tenham mudado de estilo, tenham sido experimentais e
procurado na carreira aquilo que mais se encaixava para que fossem uma grande
banda.
Hoje, é muito bom sair em minhas caminhadas ouvindo
os caras que, em 1991, deram outro rumo a minha definição de rock’n’roll. Cada
interpretação de Bono Vox, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. ainda me
emociona. E tenho certeza que vão me emocionar por muito mais tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário