Já reparou, amigo leitor, que
não importa a sua idade, sua mãe continua sendo igualzinha àquela mulher que
você conheceu quando criança? O mais engraçado é que, para ela, você também
continua tendo os mesmos 12 anos de sempre.
Acabo de chegar da casa dela. Estou com uma gripe
forte, mas é claro que ela já sabia. E é claro que me recebeu com o jantar no
prato, laranja cortada, sucos e sobremesas, que só alguém que foi a primeira
pessoa a me conhecer pode fazer.
Incrível. Não importa o que aconteça, algo bom ou
ruim, ela vai saber primeiro. Mesmo que eu não conte! Talvez até antes de
acontecer (nunca ouse duvidar de sua intuição…).
Dona Rosa me tirou de cada uma… Quando quase peguei
uma pneumonia (e uma suspensão) na escola por correr na chuva, ou quando foi me
buscar porque bati o carro (dela) com apenas 18 anos. As broncas? Inevitáveis.
O alívio de ter a pessoa que mais se importa comigo naquele momento ruim? Inestimável.
Um telefonema no final de janeiro de 1997 fez com que
essa senhorinha de origem húngara desabasse em lágrimas. O meu “mama, passei na
USP!” libertou todas as suas emoções.
Nunca me esquecerei do abraço e dos olhos cheios de lágrimas quando ela chegou em casa.
Mesmo assim, às vezes passamos do limite com as mães,
não é mesmo? E elas também, às vezes, exageram de um jeito que nunca
entenderemos. Como em toda família. Na minha, no máximo em uma hora depois da
briga já nos resolvemos:
- A gente briga, mas a gente
se ama, né? Diria a Mama
(ou Dona Rosa, ou Rugica) nesse momento.
E mesmo que eu não goste de arrumar o rádio de seu
carro, nem de explicar mil vezes como se envia uma mensagem de celular (ela
nunca vai entender…), ou de sair para comprar gás (essa é terrível), vou fazer,
de um jeito ou de outro, o que ela pedir.
Porque ela sempre vai continuar fazendo tudo por mim,
como sempre fez e nunca reclamou. Com o mesmo carinho e amor de uma vida
inteira.
Mama, te amo!