Minha viagem ao Japão deixa evidente que sou
corinthiano fanático. Mas preciso me defender, não sou daqueles tipos que fica
bradando VAI CORINTHIANS no meio da
rua, nem fico na porta do boteco brigando com o torcedor adversário.
Antes de falar do Japão, compartilharei, em 2 posts,
momentos épicos da falta de sanidade:
1993: Portuguesa x Corinthians
Fui ao Pacaembu naquela noite de junho com um único
objetivo, mostrar toda minha indignação à escalação de um zagueiro do Timão,
recém promovido das categorias de base.
Como era ruim. Grosso, desajeitado, o retrato da fase
que o time passava. Nem o uniforme do Corinthians prestava naquela época. Seu
nome então: Embu era pior que
qualquer rima.
E assim passei um pouco mais de 70 minutos do jogo na
grade do estádio, em frente à zaga alvinegra, berrando todos os tipos de
palavrões e xingamentos a todas as gerações da família do candidato a perna de
pau.
Por que só 70 minutos de um jogo de 90? Aos 25
minutos do segundo tempo o zagueiro preparou-se pra rebater a bola da zaga
corinthiana. Chutaço! Definitivamente não era seu dia, a bola escapou e saiu
pra escanteio.
Não aguentei. Coitada da mãe do rapaz. E ele não
aguentou, deixou seu profissionalismo de lado (já que talento não havia), me
olhou de longe e descarregou:
- PORRA! NÃO AGUENTO MAIS!!!
Agora eu estava feliz, atingi meu objetivo. Pra
piorar a situação, o técnico também não aguentou, o substituiu por um meio
campista improvisado. Meu já vai tarde
deve ter sido o tiro de misericórdia daquela noite.
Ah, o jogo! O Corinthians ganhou por 2 a 1, mas juro que não me
lembrava do resultado. Podia ter sido 12 a 0 para a Lusa, nada me tiraria aquele
sorriso adolescente. Já estava levando pra casa os 3 pontos da vitória.
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