quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Na terra do sol nascente (parte 2)



Veja a primeira parte do post em http://true-marcosvini.blogspot.com.br/2013/12/na-terra-do-sol-nascente-parte-1.html

Essa loja era a Yodobashi Camera, que além de vender câmeras (puxa...) comercializava todo o tipo de eletrônico que se possa imaginar, passando por instrumentos musicais e componentes para se consertar um rádio. Além disso, em qualquer esquina se encontrava uma filial do lugar. Chegamos a conclusão que eles vão dominar o mundo (rs).

A experiência fora de Tóquio também foi diferente e espetacular. Fomos à Kamakura, a cidade do templo de Buda. E tenho certeza ao rever as fotos daquela época, não houve um lugar em minha vida onde tive tanta paz de espírito e boa energia. Nunca me senti tão em paz comigo mesmo, poderíamos ter passado anos ali sem que nada nos incomodasse, nem o barulhento bonde que percorria 3 estações até lá.

Estranho falar em um bonde (que tinha som ambiente de passarinhos cantando), principalmente esse que conduzia os moradores às gigantes e imponentes estações de trem. Isso sem falar dos trajetos no trem bala e nas milhões de linhas de trem regular e metrô existentes no Japão. E mesmo assim eles não atrasam segundos sequer. E se houver um acidente ou uma pane você será avisado, mesmo que isso ocorra do outro lado do país.

Foi em Kamakura que tivemos as duas experiências gastronômicas mais interessantes do Japão. A primeira: a cidade é a terra do Dorayaki, docinhos como uma bolacha recheada feitos com massa de rocambole (alguns continham chá verde na massa) e recheio de feijão. Se você torceu o nariz esqueça, é o doce mais macio e saboroso que já comi.

A segunda: o Mauricio “farejou” na hora do jantar um de seus pratos favoritos, chamado Carê (Curry). Após sentir o cheiro vi meu primo procurando em qual das portas de uma travessa da avenida principal estava o restaurante de decoração francesa, que servia o prato em uma molheira, com variedades de carne, arroz e alguns legumes (me deu fome e saudades só de lembrar, né Mau?).

E só de pensar, muita coisa já me deixa morrendo de saudades. De Kyoto, a primeira capital, de seus templos da dinastia Edi, lindos por sinal, e conservadíssimos desde antes do ano 1000, quando foram construídos.

De Shibuya, a “Vila Madalena” do Japão - lugar recheado de lojas de roupas, restaurantes descolados e cinemas, e o tradicional Krispy Kreme, que amo -  lembro das compras de discos na Tower Records, na foto com a estátua do cachorro Hachiko (do filme Sempre a seu Lado), exemplo de lealdade e fidelidade para os japoneses.

E as besteiras que necessariamente vão aparecer quando se está em um lugar estranho? Principalmente quando dois melhores amigos estão juntos. Foi impossível não morrer de rir com o Mauricio comentando sobre o cumprimento dos japoneses:

Pessoa local nos agradecendo por uma compra, por exemplo:
- Domo arigatou gozaimasu (significa muito obrigado).

Mauricio olhando pra mim e perguntando:
- Esses caras querem sempre mais. Mais o quê?

Da viagem, ficam as lembranças de um lugar muito organizado, com pessoas gentis e educadas o tempo todo (uma lição para o povo daqui), o título mundial de meu time de coração e uma saudade imensa. E da companhia, fica a certeza de uma grande amizade e parceria, como sempre em todas as nossas trips pelo mundo.

DOMO ARIGATOU GOZAIMASU! Obrigado Japão.





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