Veja a primeira parte do post em http://true-marcosvini.blogspot.com.br/2013/12/na-terra-do-sol-nascente-parte-1.html
Essa loja era a Yodobashi Camera, que além de
vender câmeras (puxa...) comercializava todo o tipo de eletrônico que se possa
imaginar, passando por instrumentos musicais e componentes para se consertar um
rádio. Além disso, em qualquer esquina se encontrava uma filial do lugar.
Chegamos a conclusão que eles vão dominar o mundo (rs).
A experiência fora de Tóquio também foi diferente e
espetacular. Fomos à Kamakura, a cidade do templo de Buda. E tenho certeza ao
rever as fotos daquela época, não houve um lugar em minha vida onde tive tanta
paz de espírito e boa energia. Nunca me senti tão em paz comigo mesmo, poderíamos
ter passado anos ali sem que nada nos incomodasse, nem o barulhento bonde que
percorria 3 estações até lá.
Estranho falar em um bonde (que tinha som ambiente
de passarinhos cantando), principalmente esse que conduzia os moradores às
gigantes e imponentes estações de trem. Isso sem falar dos trajetos no trem
bala e nas milhões de linhas de trem regular e metrô existentes no Japão. E
mesmo assim eles não atrasam segundos sequer. E se houver um acidente ou uma
pane você será avisado, mesmo que isso ocorra do outro lado do país.
Foi em Kamakura que tivemos as duas experiências
gastronômicas mais interessantes do Japão. A primeira: a cidade é a terra do
Dorayaki, docinhos como uma bolacha recheada feitos com massa de rocambole
(alguns continham chá verde na massa) e recheio de feijão. Se você torceu o
nariz esqueça, é o doce mais macio e saboroso que já comi.
A segunda: o Mauricio “farejou” na hora do jantar
um de seus pratos favoritos, chamado Carê (Curry). Após sentir o cheiro vi meu
primo procurando em qual das portas de uma travessa da avenida principal estava
o restaurante de decoração francesa, que servia o prato em uma molheira, com
variedades de carne, arroz e alguns legumes (me deu fome e saudades só de lembrar,
né Mau?).
E só de pensar, muita coisa já me deixa morrendo de
saudades. De Kyoto, a primeira capital, de seus templos da dinastia Edi, lindos
por sinal, e conservadíssimos desde antes do ano 1000, quando foram
construídos.
De Shibuya, a “Vila Madalena” do Japão - lugar
recheado de lojas de roupas, restaurantes descolados e cinemas, e o tradicional
Krispy Kreme, que amo - lembro das
compras de discos na Tower Records, na foto com a estátua do cachorro Hachiko (do
filme Sempre a seu Lado), exemplo de lealdade e fidelidade para os japoneses.
E as besteiras que necessariamente vão aparecer
quando se está em um lugar estranho? Principalmente quando dois melhores amigos
estão juntos. Foi impossível não morrer de rir com o Mauricio comentando sobre
o cumprimento dos japoneses:
Pessoa local nos agradecendo por uma compra, por
exemplo:
- Domo arigatou gozaimasu (significa muito obrigado).
Mauricio
olhando pra mim e perguntando:
- Esses
caras querem sempre mais. Mais o quê?
Da
viagem, ficam as lembranças de um lugar muito organizado, com pessoas gentis e
educadas o tempo todo (uma lição para o povo daqui), o título mundial de meu
time de coração e uma saudade imensa. E da companhia, fica a certeza de uma
grande amizade e parceria, como sempre em todas as nossas trips pelo mundo.
DOMO
ARIGATOU GOZAIMASU! Obrigado Japão.
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