quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Na terra do sol nascente (parte 1)


Há um ano eu partia para uma viagem e carregava a certeza de uma coisa: seria inesquecível. E foi. Há exatamente um ano viajamos ao Japão, para o campeonato mundial de clubes de 2012.

Corintianices à parte (deixemos a emoção do campeonato mundial para outro post), visitar a terra do sol nascente era algo que eu não esperava acontecer tão cedo. Quando a oportunidade apareceu, sabia que era única. Eu e meu parceiro de sempre, Mauricio Jabur, não deixamos passar.

E assim partimos, no dia 3 de dezembro de 2012, depois da realização de um evento que nos deixou duas noites sem dormir, rumo à Turquia, e depois para outro lado do oceano. Confesso que viajar 23 horas não foi fácil, senti em alguns momentos que era muita coragem só pra assistir a um time de futebol.

Depois de passar por Istambul dois dias estávamos em Tóquio. E acredito que a sensação que tive é a mesma de toda pessoa do ocidente que ali chega: estávamos em outro mundo!

Não há como comparar com nada do que já vimos por aqui. Todos os prédios acendem seus letreiros, piscam, falam, giram e fazem todas as interações possíveis. Pessoas andam loucamente em todos os sentidos, falam aos telefones como se estivessem em um pregão da bolsa de valores, entram e saem de lojas, estações de metrô e trem.

Porém aquilo que nos pareceu altamente hostil na chegada foi apenas uma impressão que se desfez em alguns minutos. A pressa das pessoas não as priva da educação e da cordialidade. Pelo contrário, graças a isso nos livramos de muitas “roubadas”.


Imagine-se, caro leitor, dentro de um restaurante onde há apenas um balcão, mas não há caixa. Pois é, ao entrarmos no lugar e tentarmos pedir uma comida, não conseguíamos entender porque o atendente saiu correndo para o meio da rua. Descobrimos depois que era preciso comprar um ticket na entrada, em uma maquina tipo caça níqueis.

E quem consegue (veja a foto abaixo) escolher e pagar algo em uma coisa dessas? Por sorte um rapaz que saía do trabalho e falava inglês perfeitamente nos ajudou a escolher e jantar pela primeira vez do outro lado do mundo.


 Por que eu citei o inglês perfeito? Os japoneses preferem dizer que não fazem algo a falar que o fazem de maneira incompleta. Por sorte descobrimos que era possível se comunicar se eles falassem “apenas um pouquinho” de inglês, bastava quebrar o gelo e fazer uma cara feliz. Não esqueço até hoje do Mauricio fazendo um “joinha” ao vendedor de uma loja.

(continua amanhã)


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