Há um ano eu partia para uma viagem e carregava a certeza
de uma coisa: seria inesquecível. E foi. Há exatamente um ano viajamos ao
Japão, para o campeonato mundial de clubes de 2012.
Corintianices à parte (deixemos a emoção do campeonato
mundial para outro post), visitar a terra do sol nascente era algo que eu não
esperava acontecer tão cedo. Quando a oportunidade apareceu, sabia que era
única. Eu e meu parceiro de sempre, Mauricio Jabur, não deixamos passar.
E assim partimos, no dia 3 de dezembro de 2012,
depois da realização de um evento que nos deixou duas noites sem dormir, rumo à
Turquia, e depois para outro lado do oceano. Confesso que viajar 23 horas não
foi fácil, senti em alguns momentos que era muita coragem só pra assistir a um time
de futebol.
Depois de passar por Istambul dois dias estávamos
em Tóquio. E acredito que a sensação que tive é a mesma de toda pessoa do
ocidente que ali chega: estávamos em outro mundo!
Não há como comparar com nada do que já vimos por aqui.
Todos os prédios acendem seus letreiros, piscam, falam, giram e fazem todas as
interações possíveis. Pessoas andam loucamente em todos os sentidos, falam aos
telefones como se estivessem em um pregão da bolsa de valores, entram e saem de
lojas, estações de metrô e trem.
Porém aquilo que nos pareceu altamente hostil na
chegada foi apenas uma impressão que se desfez em alguns minutos. A pressa das
pessoas não as priva da educação e da cordialidade. Pelo contrário, graças a
isso nos livramos de muitas “roubadas”.
Imagine-se, caro leitor, dentro de um restaurante
onde há apenas um balcão, mas não há caixa. Pois é, ao entrarmos no lugar e
tentarmos pedir uma comida, não conseguíamos entender porque o atendente saiu
correndo para o meio da rua. Descobrimos depois que era preciso comprar um
ticket na entrada, em uma maquina tipo caça níqueis.
E quem consegue (veja a foto abaixo) escolher e pagar
algo em uma coisa dessas? Por sorte um rapaz que saía do trabalho e falava
inglês perfeitamente nos ajudou a escolher e jantar pela primeira vez do outro
lado do mundo.
Por que eu citei o inglês perfeito? Os japoneses
preferem dizer que não fazem algo a falar que o fazem de maneira incompleta.
Por sorte descobrimos que era possível se comunicar se eles falassem “apenas um
pouquinho” de inglês, bastava quebrar o gelo e fazer uma cara feliz. Não
esqueço até hoje do Mauricio fazendo um “joinha” ao vendedor de uma loja.
(continua amanhã)
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