Bailarina, você deve tê-la visto.
Sorrindo, passeando, cantando e encantando.
Ela sorria, em um brilho intenso como os postes da avenida gigante de São Paulo.
Ela passeava, e deslizava como uma dançarina na ópera de Viena.
Ela cantava, não só as canções de amor, mas dava seu show com qualquer palavra e qualquer tom.
Ela realmente encantava, era quase de cristal.
Ela era tão real.
Mas ela teve dias corridos,
e não quis parar.
Mas ela tinha alguém que a aprisionava,
e preferiu não se soltar.
Seu show, que parecia ser só pra mim,
era só pra iludir.
E todas as músicas, enfim, não eram de amor.
Resumiram-se apenas a um "tá bom".
E no fim das contas, todo aquele encantamento,
era apenas de um cristal que se quebrou.